domingo, 24 de junho de 2012

Budweiser não deveria usar tag Premium em rótulo

O Brasileiro está se interessando por cervejas especiais e premium cada vez mais, é curioso isso, e isso pode ser constatado na fila do supermercado.

É muito bom as pessoas se interessarem por elas, porque na maioria das vezes é apenas curiosidade, a maioria das pessoas desse novo perfil do “bebedor de cerveja” brasileiro, não conhece muita coisa sobre cerveja, mas tem curiosidade e, isso é bom, é o caminho natural para se tornar um apreciador como a maioria de nós aqui.

A alguns dias na fila do supermercado pude constatar a potência que é a Budweiser, é como se fosse “Skol” importada, as pessoas gostam de dizer que estão bebendo a Bud, independentemente de poderem identificar algo característico no sabor, aroma, aparência ou produção que a torne melhor que a Skol, por exemplo.
Para quem está se iniciando neste novo e prazeroso hobby, nem o fato de ter a tag “Premium” nela é relevante. Eles querem apenas se sentirem diferentes como a cerveja de nome complicado para o publico humilde.

A lata é diferente de todas as nossas cervejas e é isso que atrai o bebedor comum que quer algo “diferente” (embora a bud seja mais do mesmo).


Na do supermercado pessoas humildes debatendo entre si qual a pronuncia correta do nome, era interessante ver esse debate entre eles, pois isso gera curiosidade, quando verem que ambos estavam errados, vão voltar ao assunto e provavelmente vão falar algo do tipo: “o nome eu não sei direito, mas que é boa, é…” e isso é uma porta aberta para se interessarem cada vez mais por coisa boa, por assim dizer.

A Bud não é uma cerveja primorosa, está longe disso, não é disso que se trata, estou destacando apenas o interesse do bebedor comum em algo novo.

Estou citando estes exemplos de pessoas humildes com cervejas importadas, pois há alguns anos atrás isso seria algo impensável, a maioria achava “desperdício” comprar uma cerveja mais cara já que tudo era cerveja, era tudo igual… as pessoas bebiam preço e não qualidade, ainda é assim, claro, mas já podemos ver mudanças consideráveis em todas as classes sociais e, isso é ótimo!

Tanto a Bud quando a Skol são líderes de venda e popularidade nos EUA e no Brasil respectivamente, mas elas tem mais que isso em comum… as duas também são sem graça, a Bud por ter a tag “Premium” deveria ser no mínimo o dobro melhor, mas não é e, simplesmente porque a tag “premium” nela é mentirosa, bom, ela não será a primeira nem a ultima a usar algo no nome que induza de forma errada o consumidor a pensar que ela é uma cerveja melhor do que realmente é.

Teoricamente, uma cerveja “American Premium Lager” estritamente classificada significa uma marca que não leve mais do que 25% de adjuntos em sua composição. Adjuntos são outros cereais não maltados, tais como o arroz, o milho ou até mesmo a batata. São utilizados com dois objetivos: diminuir o custo — o malte de cevada, importado, é um insumo caro — e tornar a cerveja mais “leve” ao paladar do consumidor. A cerveja deste estilo, teoricamente, também não deveria ter conservantes ou aditivos químicos.
Ok, mas a cerveja é boa?

A Bud tem um aroma fraco e sabor chato, coloração amarelo translúcido, ela não chega a ser uma cerveja desagradável no todo, mas não vale R$2,20 de forma alguma, ela tem como ponto forte a refrescância o que pode vir a funcionar bem no Brasil nessa nova investida da AB Inbev. Para exemplificar melhor, eu a colocaria entre a Skol e a Antarctica numa escala de qualidade, sendo a Skol a mais fraca e a Antarctica a melhor.

Se a Bud, não tivesse “Premium” no nome e não fosse mais cara que a Heineken, talvez ela fosse apenas uma cerveja comum… mas esses dois pontos soam arrogantes demais para um produto tão igual ao que vemos atualmente no mercado.


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